PCO chamou de “vergonha” a decisão do STF de condenar Débora Rodrigues a 14 anos de prisão
A cabeleireira está sendo punida por crimes que não cometeu e que são uma “invenção do STF”

Partido da Causa Operária (PCO) chamou de “vergonha” a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de condenar Débora Rodrigues a 14 anos de prisão. Em texto publicado nas redes sociais, a sigla de extrema-esquerda apontou que a cabeleireira, que ficou conhecida por pichar a estátua A Justiça nos atos do 8 de janeiro de 2023, está sendo punida por crimes que não cometeu e que são uma “invenção do STF”.
– Ela está sendo acusada de formação de quadrilha, insurreição armada, depredação de patrimônio público tombado e não sei mais quantos crimes que inventaram pra prender essa mulher. (…) É uma vergonha que pessoas tenham condenado ela a 14 anos por crimes que ela não cometeu. O máximo que poderia acontecer era ela levar uma multa. Ela não cometeu absolutamente nenhum crime. É uma pessoa inocente que está indo para a cadeia por 14 anos – ressaltou a legenda.
É uma vergonha que um juiz faça uma coisa dessas. Os juízes da ditadura, que condenaram sob a Lei de Segurança Nacional o pessoal que participou da luta armada, tinham mais razão em condenar aquele pessoal do que esse pessoal agora. A ditadura era ilegítima, e os cidadãos pegaram em armas para lutar contra o regime. Era um julgamento injusto, mas ainda assim é mais justo que esse. É difícil achar uma coisa tão ruim quanto essa – finalizou.
o voto decisivo da ministra Cármen Lúcia, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta sexta-feira (25) a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos a 14 anos de prisão em regime inicial fechado. A pena foi proposta pelo ministro Alexandre de Moraes (relator) e acompanhada por Flávio Dino e Cármen Lúcia. A votação foi concluída no plenário virtual. Os ministros Luiz Fux e Cristiano Zanin também votaram pela condenação, mas propuseram penas menores.
Débora, que está presa desde março de 2023, deixou em março o Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro, no interior de São Paulo, a fim de ir para prisão domiciliar, concedida por Moraes após ampla pressão popular.
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