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Campo Grande,31/10/2025

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Subprocurador pede ao TCU que impeça Lula de indicar um homem ao STF


Subprocurador pede ao TCU que impeça Lula de indicar um homem ao STF Subprocurador defende a escolha de uma mulher por conta de representatividade feminina no Supremo.

Um subprocurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) apresentou um parecer no qual pede que o tribunal impeça o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de indicar um nome do sexo masculino para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que será aberta com a aposentadoria de Rosa Weber.

O fundamento da ação é uma tese jurídica baseada na interpretação do princípio constitucional da isonomia. O subprocurador argumenta que, diante da histórica sub-representação feminina no alto escalão do Judiciário, a nomeação de outro homem para o cargo configuraria uma violação a este princípio. A petição sustenta que a igualdade material, nesse contexto, só seria alcançada com uma medida que compense o desequilíbrio de gênero.

A vaga em questão será aberta em outubro, com a aposentadoria compulsória da ministra Rosa Weber, atual presidente do STF. Com a saída dela, a Corte ficará com apenas uma mulher entre seus onze membros: a ministra Cármen Lúcia. Os outros dez ministros são homens.

Diante desse cenário, o parecer do subprocurador defende que a nomeação de uma nova ministra não é uma mera opção política, mas uma obrigação constitucional para promover a igualdade de gênero em uma das mais altas instâncias de poder do país.

O caso está sob a relatoria do ministro do TCU, Vital do Rêgo, que irá analisar o parecer e dar andamento ao processo. A decisão do TCU sobre sua própria competência para interferir em uma indicação presidencial ao STF é aguardada com grande expectativa, pois pode criar um precedente significativo.

Até o momento, o Palácio do Planalto não se manifestou oficialmente sobre o parecer. No entanto, a assessoria da Presidência já havia informado anteriormente que Lula considera “muito importante” a presença de mulheres no STF, mas que o critério final para a escolha será a “competência” do nome, sem descartar nenhum perfil.

A controvérsia jurídica levanta um debate profundo sobre os limites da atuação do Poder Executivo em indicações para o Judiciário e a eficácia de medidas afirmativas para corrigir assimetrias históricas de representação. O desfecho do caso no TCU definirá se a busca por maior diversidade no STF pode ser juridicamente exigida do presidente da República.




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