A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), decidiu prorrogar até 31 de dezembro de 2025 o decreto que estabelece cortes de gastos na administração municipal. A medida, inicialmente prevista para durar 90 dias, foi publicada em março e já havia sido estendida em junho. A nova prorrogação consta no Decreto n. 16.400/2025, divulgado em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) na última segunda-feira (30).

Segundo Adriane, até o fim de junho a contenção de despesas garantiu uma economia de aproximadamente R$ 20 milhões aos cofres públicos.

Onde os cortes acontecem

O decreto obriga secretarias e órgãos municipais a reduzirem em, no mínimo, 25% os gastos de manutenção, incluindo consumo de água, energia elétrica, combustíveis, impressão terceirizada e contratação de serviços de terceiros. Para comprovar a medida, os titulares das pastas devem apresentar relatórios periódicos.

Também foram impostas restrições em relação a pessoal, como:

• suspensão do pagamento de gratificações a substitutos de cargos comissionados;
• limitação de horas complementares para professores;
• restrição na convocação de docentes temporários e nomeações efetivas;
• impedimento para admissão de estagiários;
• proibição de novas diárias;
• suspensão do pagamento de adicional noturno e de local de difícil acesso (exceto em casos indispensáveis).

A ampliação de mão de obra terceirizada só será permitida em situações ligadas a obras públicas.

Avaliação e renegociações

O impacto do pacote de contenção será avaliado bimestralmente, com possibilidade de novas prorrogações ou ajustes em 2026.

Além disso, a administração municipal anunciou que pretende renegociar contratos com fornecedores e prestadores de serviços, em busca de descontos. A continuidade de cada contrato dependerá de sua essencialidade e da disposição das empresas em conceder reduções nos valores.