Embora tenha deixado o PSDB para assumir o comando do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso do Sul, o ex-governador Reinaldo Azambuja continua a exercer influência decisiva sobre o partido de origem e será o principal nome na indicação do novo presidente.

A prova dessa influência veio com a prorrogação, pelo diretório nacional, do mandato do atual presidente interino, Geraldo Resende, até 30 de novembro. Resende assumiu o cargo justamente após a saída de Azambuja.

A partir de 1º de dezembro, a escolha do novo presidente será formalmente feita pelo novo presidente nacional do partido, Aécio Neves. No entanto, a indicação prática deve refletir a vontade de Reinaldo Azambuja, que tem como seu preferido o deputado federal Beto Pereira.

Disputas Internas

Conforme apurado pela reportagem, a expectativa é que Beto Pereira assuma o comando por um período de transição, que se estenderia até fevereiro de 2025. Apesar de Geraldo Resende ter interesse em permanecer na presidência, ele não conta com o apoio da maioria da bancada.

Outro que demonstrou interesse foi o deputado estadual Pedro Caravina, que defende que o partido seja liderado por alguém comprometido em permanecer no PSDB. Esse grupo de “permanentes” é pequeno: além de Caravina, apenas a deputada Lia Nogueira anunciou o desejo de ficar. Os outros quatro deputados estaduais do partido – Zé Teixeira, Mara Caseiro, Paulo Corrêa e Jamilson Name – devem seguir Reinaldo Azambuja no PL.

A situação de Beto Pereira também é transitória. Ele é cotado para se filiar ao Republicanos no futuro, mas, a pedido de Azambuja, deve comandar o PSDB neste momento de redefinição de forças e possível formação de chapas para as eleições municipais.